segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Que eu seja a última - Minha história de cárcere e luta contra o Estado Islâmico

TRADUÇÃO!



  • Que eu Seja a última: Minha História de Cárcere e Luta Contra o Estado Islâmico


 ESCRITO POR NADIA MURAD 
 e Jenna Krajeski

 TRADUÇÃO de Henrique Guerra

  • Nestas intimistas memórias de sobrevivência, uma ex-prisioneira do Estado Islâmico conta a sua angustiante, mas inspiradora história.

    Em 15 de agosto de 2014, quando Nadia tinha apenas 21 anos de idade, sua vida terminou. Os terroristas do Estado Islâmico massacraram o povo de sua aldeia, executando os homens que se recusaram a se converter ao Islã, e as senhoras idosas demais para se tornarem escravas sexuais. Seis dos irmãos de Nadia foram mortos, e pouco depois, também a sua mãe. Os corpos foram jogados em valas comuns. Nadia foi transportada à força a Mossul e, junto com milhares de outras moças iazidis, vendida como escrava pelo Estado Islâmico.

    Nadia fora mantida em cativeiro por vários terroristas, e passou a ser continuamente estuprada e espancada. Contudo, ela conseguiu fugir pelas ruas de Mossul, encontrando guarida no lar de uma família muçulmana sunita, cujo filho mais velho arriscou a vida para contrabandeá-la a um local seguro.

    Hoje, a história de Nadia ― como testemunha das atrocidades do Estado Islâmico, sobrevivente de estupro, refugiada, iazidi ― forçou o mundo a prestar atenção ao genocídio em andamento no Iraque. É um chamado à ação, um testamento à vontade humana de sobreviver e uma carta de amor a um país perdido, uma comunidade frágil e uma família destroçada pela guerra.


  • Capa comum: 336 páginas
  • Editora: Editora Novo Século; Edição: 1 (30 de agosto de 2019)
  • Idioma: Português
  • ISBN-10: 854281567X
  • ISBN-13: 978-8542815672
  • Dimensões do produto: 16 x 3 x 23 cm
  • Peso de envio: 390 g



Comentário do tradutor: Participar deste projeto foi uma experiência intensa do começo ao fim. Pesquisa terminológica. Tensão. Carga emocional. Atrocidades cometidas pelo EI. Tudo narrado sob o prisma de Nadia Murad, uma jovem de 21 anos que foi vítima deste verdadeiro genocídio perpetrado pelo Estado Islâmico contra o povo iazidi. Por abraçarem uma religião diferente, foram dizimados, sobrando apenas meninos impúberes, crianças pequenas e mulheres jovens. As moças foram então submetidas a um calvário de humilhações que envolvia serem transformadas em "escravas sexuais" nas mãos dos membros do grupo terrorista. Um tradutor que mergulha nesse universo não consegue apenas "fazer o seu trabalho". Há um envolvimento além do linguístico, é impossível que isso não ocorra. Como o livro contava uma complexa relação de partidos políticos e facções existentes no Iraque, criei um glossário de termos que a Editora prontamente concordou em publicar. Em termos de História Contemporânea, a obra é simplesmente um "must", algo que nos abre horizontes para realidades quase inimagináveis. Em termos de mostrar a força feminina, o livro também se impõe de modo surpreendente. A tenacidade de Nadia em sobreviver e fugir para tentar reencontrar a família é comovente. Nadia corajosamente descreve em detalhes tudo o que enfrentou e torna seu relato um verdadeiro libelo contra esse tipo de crime contra a humanidade.