TRADUÇÃO
Alien
A tripulação da nave Nostromo é despertada antes do tempo de seu sono criogênico. Misteriosos sinais vindos dos confins do espaço são recebidos pelo computador de bordo, e a equipe é acionada para investigar um planeta desconhecido. Um tripulante é atacado por uma forma de vida estranha, e esse pode ser o início de uma história pior que os mais terríveis pesadelos da humanidade.
ISBN: 9788576572664
Edição: 1
Ano: 2015
Número de páginas: 328
Acabamento: Brochura
Formato: 14x21cm
Peso: 0,420kg
Comentário: O escritor Alan Dean Foster é o cara. O protótipo do especialista em novelizações. Dono de um estilo camaleônico, molda o ritmo de sua prosa de acordo com o tema. De modo inteligente, sem pressa nenhuma, apresenta todos os personagens (inclusive a nave Nostromo), entretece uma rede instável de relações humanas e preenche todas as lacunas deixadas pelo já excelente roteiro, tão trabalhado e retrabalhado por várias mãos. Falando em trabalho, imagino como deve ser desafiador para quem pega um roteiro com a missão de transformá-lo em livro. Muitas vezes, isso é realizado antes mesmo de o filme ser lançado e, portanto, de o escritor assistir às cenas. Mas Alan Dean Foster não é o tipo de cara que se assusta fácil, caso contrário não teria um currículo tão vasto e significativo. Com densidade, cria um clima de suspense crescente, deixando a ação para os capítulos finais. Para quem é versado no universo Alien, o livro traz uma emblemática cena deletada do filme (se eu contar a cena aqui, será spoiler). As discussões existenciais envolvendo os motivos para trazer a criatura a bordo também são exploradas de modo mais profundo e completo do que no filme, como seria de se esperar. O principal é que o livro tem personalidade própria e se sustenta, é uma leitura digna de ser feita, não apenas por "fãs" da franquia. Quanto à tradução, eu teria muita coisa a contar sobre a terminologia, as decisões tradutórias, a busca dos verbos e dos termos mais precisos para cada situação, mas são detalhes que espero que o leitor nem perceba. De uma coisa, porém, não abro mão: a obsessão em ser fiel ao estilo do autor. Ou seja, se o autor utiliza palavras incomuns na língua fonte, eu, como tradutor, me esmero em utilizar palavras também incomuns na língua alvo. Afinal de contas, é para isso que existem os amansa-burros! ;)
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