O VOLUME FINAL DA BIOGRAFIA DEFINITIVA DE ELVIS PRESLEY! Um drama de tirar o fôlego que revela detalhes impressionantes da vida de Elvis depois do serviço militar e o relacionamento com o Coronel Tom Parker.
"Uma obra-prima." ― The Wall Street Journal
"Nada escrito sobre Elvis Presley chega perto dos detalhes, autoridade e objetividade desta biografia. Hipnótico." ― Andy Seiler, USA Today
Este é o segundo – e último – volume da biografia mais importante já escrita sobre Elvis Presley, aclamada pelo New York Times como "um triunfo da arte biográfica". Elvis Presley: amor descuidado relata a segunda metade da vida de Elvis em detalhes ricos e inimagináveis, pelo olhar de um dos maiores biógrafos do nosso tempo. Começando com o serviço militar de Elvis na Alemanha, em 1958, e terminando com sua morte em Memphis em 1977, esta obra narra o desenrolar do sonho que uma vez brilhou tão intensamente, concentrando-se no complexo relacionamento de Elvis com seu empresário, o Coronel Tom Parker. É um drama revelador de tirar o fôlego que pela primeira vez coloca os eventos de um conto muitas vezes confundido em um contexto novo, crível e compreensível. As mudanças de Elvis durante esses anos formam um mistério trágico que este volume final revela pela primeira vez. Esta é a história americana por excelência, abrangendo elementos de raça, classe, riqueza, sexo, música, religião e transformação pessoal. Escrito com graça, sensibilidade e paixão, é uma contribuição única para a compreensão da cultura popular americana e da natureza do sucesso, dando-nos finalmente uma visão verdadeira de uma das figuras públicas mais incompreendidas de todos os tempos.
Detalhes do produto
Editora : Belas-Letras; Peter Guralnick edição (13 julho 2023)
Quando a Belas Letras publicou o primeiro livro da biografia, deixou bem claro que só iria comprar os direitos para a continuação caso Último trem para Memphis fosse um sucesso de vendas. Dito e feito. Os milhões de fãs de Elvis ouviram o desafio e exigiram a segunda parte. Felizmente eu fui escolhido para traduzir também o segundo tomo, e pude levar a cabo essa tarefa catártica. Falar sobre as multiplicidades semânticas do texto de Guralnick seria chover no molhado.
Vou ficar então com apenas uma expressão: "Careless Love".
A certa altura no projeto, a Editora responsável me sondou para saber se eu tinha uma ideia para o título. Respondi a sondagem dela com um arquivo Word intitulado "Considerações preliminares sobre o título".
Milhões de olhares de repente estavam sobre
nós, criando uma imagem que nunca mais vou esquecer. Paul McCartney
Entre o final de 1963 e o início de 1964, os Beatles embarcaram em uma
turnê que marcaria para sempre suas vidas. Foi o momento em que eles se
tornaram uma sensação internacional e mudaram o curso da história da
música. E isso aconteceu nessa viagem, que passou por seis cidades:
Liverpool, Londres, Paris, Nova York, Washington D.C. e Miami. O
ex-Beatle Paul McCartney levou sua câmera de 35 mm e, do lado de dentro
do olho do furacão, tirou fotografias que capturaram a essência desse
momento explosivo e mágico. Pela primeira vez, 275 imagens resgatadas do
acervo particular de Paul (que conta com mais de 1 milhão de itens
ainda em processo de catalogação), a maior parte delas inédita,
incluindo fotografias nunca antes vistas de John, Ringo e George, vêm à
tona nesta luxuosa obra em capa dura, formato grande e papel especial. O
livro também inclui:
Um prefácio pessoal escrito pelo próprio Paul McCartney, em que ele
relembra o pandemônio das casas de shows britânicas, seguido pela
histeria que saudou a banda em sua primeira visita aos Estados Unidos.
Recordações sinceras que precedem a chegada a cada cidade, formando um
relato autobiográfico do período que McCartney lembra como os "Os olhos
do furacão", além de uma parte adicional com eventos subsequentes a
1964.
Beatlelândia, um ensaio da historiadora de Harvard e ensaísta
nova-iorquina Jill Lepore, descrevendo como os Beatles se tornaram o
primeiro fenômeno verdadeiramente global da cultura de massa.
Elegantemente projetada, esta obra cria um registro intensamente
dramático da primeira viagem transatlântica dos Beatles, documentando a
profunda mudança na cultura jovem que se cristalizou em 1964.
Ficha técnica
Código
349
Código de barras
9786555372779
Categoria
ROCK
Marca
BELAS-LETRAS
Características
Acabamento: Livro capa dura (hardcover)
Formato: 32,00 x 30,00 x 7,00
Número de páginas: 336
Autor: PAUL MCCARTNEY
Idioma: Português
Peso: 2.18
COMENTÁRIO DO TRADUTOR:
A Editora Belas Letras solicitou-me um depoimento sobre o trabalho neste projeto. Foi publicado no blog da Editora, e transcrevo aqui na íntegra:
A
idade não pesa nos ombros de Sir Paul. O brilho no olhar, o espírito
empreendedor, a avidez por realizar coisas novas, o talento para criar
produtos de qualidade: tudo que vem dele vem com um sopro de juventude. Na
parte musical, nem se fala. Em dezembro de 2020, lançou o álbum inédito
McCartney III. Em abril de 2022, voltou aos palcos com a turnê Got
Back, que deve vir ao Brasil em novembro de 2023. Mas,
além disso, de uns tempos para cá, Paul tem brindado os fãs com livros.
Em novembro de 2021, numa iniciativa ousada, a Belas Letras publicou As Letras, lançamento mundial de uma obra inigualável em estética e conteúdo. E agora em 2023 o bardo volta à carga, desta vez com Os olhos do furacão,
um livro de fotografias que ele tirou em 1963 e 1964, um período mágico
na trajetória dos Beatles. Ele afirma que não deseja passar a ideia de
ser um exímio fotógrafo, e sim compartilhar com os fãs instantâneos
inéditos capturados no turbilhão da Beatlemania. Além
do valor intrínseco das fotos, algumas delas fantásticas pela singeleza
com que fixaram momentos de trabalho e lazer do quarteto liverpudliano e
da consistente equipe que os acompanhava, Os olhos do furacão traz textos do próprio Paul com revelações e pensamentos sobre o efervescente período. O
baixista mais famoso do mundo escolheu a dedo alguns convidados para
colaborarem no livro, mas o destaque é Jill Lepore. A historiadora
autora de best-sellers se debruçou no assunto e criou um texto icônico,
repleto de referências, citações, duplos sentidos, jogos de palavras – e
de sentimentos. Traduzir
é conviver, como dizia Guimarães Rosa, traduzir é cachaça, como dizia
Lobato, mas traduzir também é a alegria de ser desafiado. E o texto de
Jill Lepore é pra lá de desafiador. Só o time editorial liderado pela
dupla G² (Germano e Gilvan) sabe o quanto. Polifônico,
o texto de Jill Lepore entremeia fragmentos de entrevistas dos Beatles
com os fatos históricos, lançando luzes sobre temas palpitantes da
época, como o assassinato de Kennedy e a luta pelos direitos civis. Os olhos do furacão é
um livro para ser degustado com calma, folha por folha, legenda por
legenda, imagem por imagem, palavra por palavra... E o leitor que
mergulhar no vórtice desse torvelinho sairá do outro lado desse furacão
vendo o mundo com outros olhos.
Minucioso relato sobre um crime ocorrido no Estado
de Connecticut, caso que entrou para a história porque a defesa alegou
possessão. Este livro de Gerald Brittle, que esmiúça os assustadores
fatos que precederam o crime, inspirou o filme "Invocação do Mal 3", com
Vera Farmiga e Patrick Wilson no papel dos investigadores Ed e Lorraine
Warren. Minha estreia como tradutor na Darkside!
Sou um tradutor técnico, que
mergulha na terminologia da obra e sente prazer em se deparar com
referências e aprofundar pesquisas. Mas também sou um tradutor
intuitivo, que vai descortinando intertextos ao longo do trabalho. Isso
foi inevitável ao traduzir o clássico "O caminho do xamã", em breve nas
livrarias, na edição caprichada do selo Goya da Editora Aleph.
A trilha sonora da tradução:
Glossário inédito elaborado pelo tradutor:
Uma
palavra do tradutor: Texto clássico sobre o xamanismo, o multidisciplinar
livro de Michael Harner já vem repleto de notas do próprio autor. Ao longo da
tradução decidi não colocar notas de rodapé para não quebrar o ritmo pulsante da
narrativa. Em vez disso, compus esse despretensioso glossário, que reflete
minhas pesquisas ao longo da tradução e inclui referências para o leitor ou a leitora
que deseja se aprofundar.
A dança das borboletas: No primeiro capítulo, Michael Harner conta que em
sua jornada para se tornar xamã foi cercado por borboletas que dançaram ao seu
redor e nele pousaram, evocando um intertexto com esta psicodélica canção de Zé
Ramalho e Alceu Valença (1977).
A erva do diabo: Título brasileiro do livro The
Teachings of Don Juan: A Yaqui Way of Knowledge (1968), de Carlos
Castaneda.
Ajudantes espirituais:
Em inglês, spirit helpers. Michael
Harner utiliza na maior parte da obra esse termo, que traduzimos como “ajudante
espiritual”. O glossário da Fundação para Estudos Xamânicos (http://estudo.xamanico.org/FSS/glossario.php)
recomenda “auxiliares espirituais”. Sinonímia: Ver Espírito auxiliar.
Amora-ártica: Em inglês, cloudberry
(Rubus chamaemorus). Outros nomes
comuns são amora-branca-silvestre e framboesa-amarela. A CRODA, empresa de
cuidados pessoais britânica, tem um produto à base de amora-ártica. Cresce nas
turfas e nos pântanos da Escandinávia, da Sibéria e do Alasca, tem cor dourada na
maturidade. É a amora mais rara e mais cara do mundo, por sua estação de
colheita e acessibilidade limitadas. Resquício da era glacial, tolera até
-40°C. Seu modo de crescimento rasteiro a protege do vento e ela floresce e dá
frutos durante os verões curtos dessa região.
Apocalipse 12:7-9: “7.
Houve no céu uma guerra, pelejando Miguel e seus anjos contra o dragão. O
dragão e seus anjos pelejaram, 8. e não prevaleceram; nem o seu lugar se achou
mais no céu. 9 Foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama
Diabo e Satanás, aquele que engana todo o mundo; sim, foi precipitado na terra,
e precipitados com ele os seus anjos.” Fonte: https://www.bible.com/pt/bible/277/REV.12.7-9.TB
Arutam
wakaln: Em sua obra The Divine Spark: Psychedelics,
Consciousness and the Birth of Civilization, de 2015, Graham Hancock afirma
que “a segunda alma é o arutam wakaln, que traz a visão (arutam) e fornece
proteção à pessoa”.
Austrália
Meridional:South Australia (SA) não é uma região e
sim um Estado da Austrália cuja capital é Adelaide.
Ayahuasca: Bebida extraída
dos cipós da Banisteriopsis caapi. No
Brasil, a espécie tem o nome comum de mariri ou jagube. Um artigo científico de
2017 salienta suas propriedades antidepressivas e sua capacidade de modular a
plasticidade cerebral. Disponível em https://www.nature.com/articles/s41598-017-05407-9,
consultado em 05-abr-2022.
Bernard
Mason: Autor de How to Make Drums, Tomtoms and Rattles: Primitive Percussion
Instruments for Modern Use, disponível em e-book em vários dispositivos de
leitura, como Kindle, Kobo, etc. Mason também escreveu um livro sobre como
fazer bumerangues.
Cana-brava: Em espanhol, caña
brava. Tudo indica se tratar da Gynerium
sagittatum, planta vigorosa, de crescimento agressivo. Forma densas
touceiras que na Bacia Oeste Amazônica chegam a quatorze metros de altura.
Fonte: https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/276876?lang=pt_BR
Catauá: Árvore chamada de catahua
em espanhol, popularmente chamada no Brasil de catauá, assacu e
árvore-do-diabo. Com o nome científico de Hura
crepitans L., esta espécie das Euphorbiaceae alcança 40 m de altura e tem
um látex venenosíssimo. O Horto Botânico da UFRJ tem 11 espécimes:https://www.museunacional.ufrj.br/hortobotanico/arvoresearbustos/huracrepitans.html. Sinonímia: ver Assacu.
Cervo-vermelho-do-cáspio: Em inglês, maral
deer. O Cervus elaphus maral é nativo
de áreas entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, como a Crimeia, Ásia Menor,
Montanhas Caucasianas entre a Europa e a Ásia, além da região que beira o Mar
Cáspio no Irã. Este animal místico inspirou a canção “Maral Deer”, da banda
Altai Kai, de música folk siberiana. A canção “Uluhan” do Altai Kai evoca a
sensação xamânica de vínculo com a natureza: https://www.youtube.com/watch?v=JveI7khZjac.
Chacrona: O artigo “Ayahuasca: entre o legal e o cultural”, de
R. Garrido e B. Sabino, traz o nome científico da cawa ou chacrona: Psychotria
viridis. Disponível em https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/44921; consultado em 28-mai-22.
Corça-vermelha-do-cáspio: No inglês, female
maral deer. A fêmea do cervo-vermelho-do-cáspio.
David
Cloutier. Poeta que publicou em 1973 “Spirit,
Spirit: Shaman Songs, Incantations”. Outra obra dele, “Ghost Call” (“O chamado
do espectro”), é uma coleção de poemas da tribo dos algonquinos vertidos para o
inglês. A resenha deste livro, assinada por James Schevill na revista The American Poetry Review, tem como
frase inicial: “A união da antropologia e da arqueologia com a poesia é uma das
direções significativas da poesia atual”. SCHEVILL,
JAMES. “On David Cloutier’s Ghost Call.” The American Poetry Review, vol. 6, no. 2, 1977, p. 28-29.
Disponível em http://www.jstor.org/stable/27775549; consultado em 2-mai-22.
Dom Juan: Harner cita várias vezes “Dom Juan”. Uma breve
introdução ao tema é encontrada no artigo “É possível ver com a ajuda de Dom
Juan e Carlos Castaneda”: “Dom Juan Matus, pseudônimo do índio yaqui mexicano
que guiou Castañeda, (...) era adepto da linhagem conhecida como nagualismo ou
toltequismo, tradição xamânica de centenas de anos do México e América Central.
(...) Leitores suspeitam que Dom Juan sequer existiu”. Margaret, esposa de
Carlos, afirma que nunca conheceu Dom Juan. Disponível em: https://www.zonacurva.com.br/e-possivel-ver-com-a-ajuda-de-dom-juan-e-carlos-castaneda; consultado em 15-mai-22.
Encolhimento de cabeças
(prática dos índios jivaros): Em inglês, “head-shrinking”.
Uma abordagem científica dessa prática é encontrada no artigo publicado em 2004
na revista Neurosurgery: “A ciência
do encolhimento de cabeças humanas: guerra e vingança tribais entre os
shuar-jivaros da América do Sul”, de Jandial, Rahul et al. Boa matéria
jornalística sobre o tema é “A abominável prática de encolher cabeças humanas”,
disponível em https://www.zmescience.com/science/head-shrinking-tsantsa-05244.
Espírito
auxiliar: Em inglês, “helping spirit”.
Às vezes, Harner usa esse termo com igual função no texto que “spirit helper”
(ajudante espiritual). A diferença é que em “helping spirit” a ênfase é no
substantivo “espírito”. Para marcar isso, traduzimos como “espíritos auxiliares”.
A diferença semântica é sutil, mas existe. Harner utiliza meia dúzia de vezes “helping
spirit” e mais de 40 vezes “spirit helper”. Sinonímia: ver Ajudante espiritual.
Fontanela: A fontanela citada por Harner, pela descrição,
situa-se entre o temporal e o occipital. Tudo indica que o autor se refere à
fontanela mastoidea, a popular “moleira” no Brasil. Esta página mostra uma
figura com a posição das fontanelas: https://thescrubnurse.com/fact-29-closure-of-fontanelles-when-does-that-occur/
Fundação para
Estudos Xamânicos: Em inglês, Foundation for Shamanic Studies; também
atua na Europa, com site em português de Portugal. A página http://estudo.xamanico.org/FSS/historia.php conta um pouco da história da Fundação.
Guayusa:
Do mesmo gênero que a erva-mate (Ilex
paraguariensis), a guayusa tem
como nome científico Ilex guayusa.
Segundo a fonte citada a seguir, “xamãs do povo indígena Shuar nas regiões
amazônicas do Peru e do Equador incluem a guayusa
em formulações ervais alucinógenas, mas ela atua como estimulante em vez de
alucinógeno”. Disponível em https://www.herbalgram.org/resources/herbalgram/issues/124/table-of-contents/hg124-herbprofile-guayusa/; consultado em 5-mai-22.
Homo (origem do gênero): Nos primeiros quatro milhões de anos de evolução, os registros de
fósseis hominíneos são caracterizados por redução dos caninos e metamorfose
pós-craniana nos gêneros Australopithecus
e outros. Com o fim do Plioceno, o clima global mudou e, há 2,5 milhões de
anos, houve uma mudança concomitante nos registros fósseis. Nesse mundo cada
vez mais frio, algo novo emergiu, anatômica e comportamentalmente: o gênero Homo. Dunsworth, H.M. Origin of the Genus Homo. Disponível
em: https://doi.org/10.1007/s12052-010-0247-8; consultado em 15-mai-22.
Jivaros:
Em espanhol, “jívaros”. Há ocorrências em língua portuguesa de “jíbaros”. Esta
edição adota para essa tribo indígena equatoriana a grafia paroxítona recomendada
pelo VOLP, no site da Academia Brasileira de Letras (https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario).
Macabeus:O artigo “A
Puríssima de Macas”, no site da ABIM, Agência Boa Imprensa, traz um breve
histórico da cidade de Macas e a catequização do povo local: “Os ‘macabeus’
(com esta reminiscência bíblica são conhecidos os habitantes de Macas) fizeram
então o juramento de celebrar, (...), no dia 5 de agosto, a festa da Virgem
Puríssima”. Disponível em https://www.abim.inf.br/a-purissima-de-macas/; consultado em 1-mai-22.
Macas: Nesta obra de Michael Harner, Macas sempre é o nome
de um povoado. Na “História de Quito” de Velasco, “macas” também é a
denominação do povo indígena equatoriano.
Massacre
de Sevilla del Oro: Episódio contado na “História de Quito”,
escrita em espanhol por Velasco, vertido ao inglês por W. Bollaert, da
Ethnological Society of London, em 1863, com o título “Conspiração dos Jivaros”.
Cito um trecho aqui: “Quando avistaram os jivaros marchando contra Sevilla del
Oro, os espanhóis saíram para enfrentá-los. Conflitos e massacres terríveis
aconteceram de ambos os lados”. Fonte: Transactions of the Ethnological Society
of London, vol. II, 1863.
Membrana:
No site da Tora Tambores há indicações terminológicas e informações extras. O
termo técnico para “pele” é, na verdade, “membrana”, termo adotado em nossa
tradução. Acrescenta que a humanidade produziu alternativas sintéticas como as
peles de mylar, mas reconhece a superioridade acústica das peles animais.
Mídias com música xamânica:
Na época da terceira edição, não havia plataformas de streaming como Spotify e
outras. Hoje o acesso a faixas de percussão xamânica tem outras opções rápidas
e modernas.
Mircea Eliade:
Bucareste, 1907-1986, Chicago. Eliade se naturalizou estadunidense em 1970.
Murngin: Povo australiano também chamado de yolngu.
Nair Lacerda: Em sua primeira edição, a obra repercutiu no Brasil
com tradução de Nair Lacerda, publicada em 1982 pela editora Cultrix. Cabe aos
tradutores de hoje reverenciar o trabalho de quem abriu a trilha. Esta nova
edição da Goya traz uma tradução totalmente nova, realizada em 2022, que traz
como diferencial o prefácio atualizado e este glossário referencial, itens que
enriquecem e modernizam o olhar sobre o texto.
Nganassanes: Também chamados de tavgi samoiedas, os nganassanes,
povo do Norte da Sibéria, foram estudados pelo etnólogo russo Andrei Popov, que
registrou escritos dos xamãs nganassanes, os “nguedas”. Popov faleceu em 1960 e
teve sua obra traduzida para o inglês em 1966: The Nganasan: the material culture of the Tavgi Samoyeds (trad. Elaine
K. Ristinen), Indiana University, Bloomington (Ind.); Mouton, The Hague, 1966,
168 p.
O homem do Norte: Filme lançado em maio de 2022 (sincronicidade = coincidência
significativa). A percussão xamânica permeia a
trilha sonora do filme em que Amleth, o príncipe nórdico, tem várias
experiências xamânicas. O diretor Robert
Eggers fala sobre xamanismo nesta entrevista à revista Slate: https://slate.com/culture/2022/04/northman-movie-accuracy-history-robert-eggers-viking-hallucinogens.html. Por sua vez, o acadêmico Len
Gutkin escreveu: “Os melhores trechos do filme envolvem os encontros dos seus heróis com
duas figuras xamânicas (um deles homem e outro mulher, interpretados por Willem
Dafoe e Björk) e com as transformações mágicas ou sobrenaturais que os xamãs
estabelecem”. Resenha disponível em https://www.chronicle.com/newsletter/the-review/2022-05-02; consultada em
26-mai-22.
Paipai: O povo paipai mora no Norte da Baixa Califórnia, no
México.
Piri-piri: Planta da família das ciperáceas, Cyperus articulatus. Segundo o site https://rain-tree.com/piri-piri.htm, as tribos indígenas da região amazônica atribuem
propriedades mágicas ao piri-piri.
Poção de fumo
(água de fumo verde): Michael
Ripinsky-Naxon em sua obra The Nature of
Shamanism: Substance and Function of a Religious Metaphor descreve “green
tobaco water” assim: “a cold decoction of green tobacco leaves”, decocção fria
de folhas de fumo verdes.
Porongo
(cabaça): Utilizada para fazer
chocalhos. No Brasil, existem muitas variedades de porongo. Na página https://sitioearte.wordpress.com/cabaca-cultivo-a-arte/ encontram-se informações sobre o cultivo da espécie.
Trabalhos técnicos sobre o assunto são “Morfologia e fenologia do porongo:
produtividade e qualidade da cuia”:
Rombo: Em inglês, bullroarer.
Zumbidor, da classe dos aerofones livres, designada pelo índice 41 no sistema
Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Antigo instrumento
ritual e de comunicação no Paleolítico, é encontrado nos cinco continentes com
formas diferentes e ainda usado por aborígenes australianos. Disponível em: https://www.meloteca.com/bullroarer/#.; consultado em 15-mai-22.
Sincronicidade: Teoria de que eventos que aparentam ser coincidências
estão conectados por meio de seu significado. Carl Jung criou o termo como um
método para explicar eventos paranormais.
Sincronicity: Título do álbum da banda The Police, de 1983, considerado um dos 200
álbuns definitivos do Rock and Roll of Fame. https://www.songfacts.com/facts/the-police/synchronicity-ii; Sting explica o título: “Eu estava tentando
dramatizar a teoria de Jung sobre coincidências significativas, mas, seja como
for, é uma canção de rock!”
Sucking Doctor: Em tradução
livre, “Doutora em sucção”. Documentário de 1963 de 51 minutos, dirigido por
William Heick e Gordon Mueller. Apresenta a cerimônia de cura entre os índios
kashia pomo, do Sudoeste dos EUA. Em transe hipnótico, a xamã localiza e remove
a intrusão do paciente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=W1y_ArCaZTw. A propósito, existem alguns filmes brasileiros sobre
a temática do xamanismo, entre eles: A
visão do xamã (2009), Xamã, o
iluminado (2019) e A iniciação do
xamã (2022).
Tambor tao: Esses tambores do Novo México são estudados até hoje.
O site http://www.sweetmedicinedrums.com/ mostra modelos fabricados pela artesã Lynn, sediada
em Taos, cidade que outrora pertenceu ao território do povo tao. O povo tao
hoje tem as comunidades de habitação contínua mais antigas dos EUA e explora
muito o turismo, vide https://taospueblo.com/.
Tanka/thangka:
Gênero de pintura budista tibetano similar à paubha nepalesa. Penduradas
verticalmente, as imagens coloridas e belas são pintadas sobre tecidos revelam
uma complexidade irresistível de nuvens etéreas e auréolas graciosas.
Disponível em: https://beinecke.library.yale.edu/article/tibetan-tankas; consultado em 26-mai-22. Um trabalho sobre o tópico,
“Thangka: a pintura sagrada tibetana”, de 2016, escrito por Vinicius de Assis,
está disponível em http://hdl.handle.net/11449/141973. A brasileira Tiffani Gyatso é especializada nessa
arte (https://www.tiffanigyatso.com/fotos-thangkas).
Tapirapés: Existe um livro de 511 páginas sobre o povo tapirapé:
“Tapirapé: tribo tupi no Brasil Central”, de Herbert Baldus. São Paulo:
Companhia Editora Nacional, 1970. 511 p., il. Neste site é possível encontrar
uma resenha bibliográfica sobre a obra, assinada por Marina Saenz Lime: https://doi.org/10.1590/S0034-75901971000200018
The Way of the Shaman (filme): Filme de 2017, dá uma visão abrangente sobre o
trabalho de Michael e Sandra Harner. The
Way of the Shaman: The Work of Michael and Sandra Harner.
Disponível no site da fundação: https://www.shamanism.org/way-of-the-shaman/documentary.php.
Tsentsaks: Os tsentsaks são dardos mágicos ou
projéteis patogênicos invisíveis. Na língua shuar, o termo designa dardos de
zarabatana. Em espanhol, o termo é “virote”. Vide La Cultura Material Shuar em La Historia: Estudio de las Fuentes del
Siglo XVI al XIX. Mundo Shuar, 1985. Disponível em https://biblio.flacsoandes.edu.ec/libros/digital/52461.pdf; consultado em mai-22.
Ucayali
(Ucaiáli), Rio: Esse rio, o mais
importante do Peru, é na verdade o curso principal daquele que vai se tornar o
Rio Amazonas. Colin Campbell, em seu trabalho clássico na área do estudo dos
mamíferos intitulado “Mamíferos do Rio Ucayali”, registrou 65 espécies de
mamíferos, sendo 28 de morcegos. Disponível
em https://academic.oup.com/jmammal/article-abstract/30/3/277/880632, consultado em 25-mai-22. Por sua vez, um trabalho de
2007 mostra a importância do rio para a economia peruana, destacando a
agricultura praticada nas várzeas do Ucayali: Labarta, Ricardo et al. A
agricultura ribeirinha Amazônica do rio Ucayali: uma zona produtiva mas
pouco rentável?. Acta
Amaz. [online].
2007, vol.37, n.2, pp.177-186. ISSN 0044-5967. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0044-59672007000200002, consultado em mai-22.
Xamã: Em inglês, shaman.
Em português a palavra é obviamente oxítona, já em inglês, a sílaba tônica é a
primeira: SHAH-maan.
Yugambeh versus chepara (tribos aborígenes australianas): Conforme a página https://artsandculture.google.com/entity/yugambeh-people/g11clh0ntpt, o nome desse povo é Yugambeh: “Historicamente,
alguns antropólogos os chamam erroneamente de cheparas, o termo para um
iniciado de primeiro grau”. O território desse povo nativo australiano fica
entre o Sudeste de Queensland e os rios do Norte de New South Wales. Mais
informações no site oficial da tribo https://www.yugambeh.com/.