TRADUÇÃO
Gênero: Não Ficção
TRADUÇÃO
Gênero: Não Ficção
Tradução
Peso | 0,4 g |
---|---|
Dimensões | 2 × 16 × 23 cm |
Tradução | Henrique Guerra |
Edição | 1ª |
Ano | 2023 |
Páginas | 248 |
Acabamento | Capa dura |
ISBN | 9788576575481 |
Comentário do tradutor:
Sou um tradutor técnico, que mergulha na terminologia da obra e sente prazer em se deparar com referências e aprofundar pesquisas. Mas também sou um tradutor intuitivo, que vai descortinando intertextos ao longo do trabalho. Isso foi inevitável ao traduzir o clássico "O caminho do xamã", em breve nas livrarias, na edição caprichada do selo Goya da Editora Aleph.
Glossário inédito elaborado pelo tradutor:
Uma palavra do tradutor: Texto clássico sobre o xamanismo, o multidisciplinar livro de Michael Harner já vem repleto de notas do próprio autor. Ao longo da tradução decidi não colocar notas de rodapé para não quebrar o ritmo pulsante da narrativa. Em vez disso, compus esse despretensioso glossário, que reflete minhas pesquisas ao longo da tradução e inclui referências para o leitor ou a leitora que deseja se aprofundar.
A dança das borboletas: No primeiro capítulo, Michael Harner conta que em sua jornada para se tornar xamã foi cercado por borboletas que dançaram ao seu redor e nele pousaram, evocando um intertexto com esta psicodélica canção de Zé Ramalho e Alceu Valença (1977).
A erva do diabo: Título brasileiro do livro The Teachings of Don Juan: A Yaqui Way of Knowledge (1968), de Carlos Castaneda.
Ajudantes espirituais: Em inglês, spirit helpers. Michael Harner utiliza na maior parte da obra esse termo, que traduzimos como “ajudante espiritual”. O glossário da Fundação para Estudos Xamânicos (http://estudo.xamanico.org/FSS/glossario.php) recomenda “auxiliares espirituais”. Sinonímia: Ver Espírito auxiliar.
Amora-ártica: Em inglês, cloudberry (Rubus chamaemorus). Outros nomes comuns são amora-branca-silvestre e framboesa-amarela. A CRODA, empresa de cuidados pessoais britânica, tem um produto à base de amora-ártica. Cresce nas turfas e nos pântanos da Escandinávia, da Sibéria e do Alasca, tem cor dourada na maturidade. É a amora mais rara e mais cara do mundo, por sua estação de colheita e acessibilidade limitadas. Resquício da era glacial, tolera até -40°C. Seu modo de crescimento rasteiro a protege do vento e ela floresce e dá frutos durante os verões curtos dessa região.
Apocalipse 12:15: “E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pelo rio a fizesse arrebatar.” Fonte: https://www.churchofjesuschrist.org/study/scriptures/nt/rev/12
Apocalipse 12:7-9: “7. Houve no céu uma guerra, pelejando Miguel e seus anjos contra o dragão. O dragão e seus anjos pelejaram, 8. e não prevaleceram; nem o seu lugar se achou mais no céu. 9 Foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, aquele que engana todo o mundo; sim, foi precipitado na terra, e precipitados com ele os seus anjos.” Fonte: https://www.bible.com/pt/bible/277/REV.12.7-9.TB
Arandas: Povo que habita a região central da Austrália, o vale do rio Finke e seus afluentes. Informações em https://www.britannica.com/topic/Aranda.
Arutam wakaln: Em sua obra The Divine Spark: Psychedelics, Consciousness and the Birth of Civilization, de 2015, Graham Hancock afirma que “a segunda alma é o arutam wakaln, que traz a visão (arutam) e fornece proteção à pessoa”.
Assacu: A Embrapa lançou um folheto sobre a germinação das sementes dessa intrigante espécie, intitulado “Germinação de sementes de espécies amazônicas: assacu (Hura crepitans L.)”, disponível para download aqui: https://www.embrapa.br/en/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1100204/germinacao-de-sementes-de-especies-amazonicas-assacu-hura-crepitans-l. Sinonímia: ver Catauá.
Austrália Meridional: South Australia (SA) não é uma região e sim um Estado da Austrália cuja capital é Adelaide.
Ayahuasca: Bebida extraída dos cipós da Banisteriopsis caapi. No Brasil, a espécie tem o nome comum de mariri ou jagube. Um artigo científico de 2017 salienta suas propriedades antidepressivas e sua capacidade de modular a plasticidade cerebral. Disponível em https://www.nature.com/articles/s41598-017-05407-9, consultado em 05-abr-2022.
Bernard Mason: Autor de How to Make Drums, Tomtoms and Rattles: Primitive Percussion Instruments for Modern Use, disponível em e-book em vários dispositivos de leitura, como Kindle, Kobo, etc. Mason também escreveu um livro sobre como fazer bumerangues.
Cana-brava: Em espanhol, caña brava. Tudo indica se tratar da Gynerium sagittatum, planta vigorosa, de crescimento agressivo. Forma densas touceiras que na Bacia Oeste Amazônica chegam a quatorze metros de altura. Fonte: https://ala-bie.sibbr.gov.br/ala-bie/species/276876?lang=pt_BR
Catauá: Árvore chamada de catahua em espanhol, popularmente chamada no Brasil de catauá, assacu e árvore-do-diabo. Com o nome científico de Hura crepitans L., esta espécie das Euphorbiaceae alcança 40 m de altura e tem um látex venenosíssimo. O Horto Botânico da UFRJ tem 11 espécimes: https://www.museunacional.ufrj.br/hortobotanico/arvoresearbustos/huracrepitans.html. Sinonímia: ver Assacu.
Cervo-vermelho-do-cáspio: Em inglês, maral deer. O Cervus elaphus maral é nativo de áreas entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, como a Crimeia, Ásia Menor, Montanhas Caucasianas entre a Europa e a Ásia, além da região que beira o Mar Cáspio no Irã. Este animal místico inspirou a canção “Maral Deer”, da banda Altai Kai, de música folk siberiana. A canção “Uluhan” do Altai Kai evoca a sensação xamânica de vínculo com a natureza: https://www.youtube.com/watch?v=JveI7khZjac.
Chacrona: O artigo “Ayahuasca: entre o legal e o cultural”, de R. Garrido e B. Sabino, traz o nome científico da cawa ou chacrona: Psychotria viridis. Disponível em https://www.revistas.usp.br/sej/article/view/44921; consultado em 28-mai-22.
Chamamento: Em inglês, callback signal. Mudança nítida no padrão percussivo, que lhe permite relaxar ainda mais no processo da jornada.
Cobra-canoa: Este artigo aborda obras de arte sobre o mito da cobra-canoa entre os índios amazônicos desanos ou dessanos: http://anpap.org.br/anais/2017/PDF/EAV/26encontro______LIMA_Priscila_Passos_de__MAISEL_Priscila_de_Oliveira_Pinto.pdf
Corça-vermelha-do-cáspio: No inglês, female maral deer. A fêmea do cervo-vermelho-do-cáspio.
David Cloutier. Poeta que publicou em 1973 “Spirit, Spirit: Shaman Songs, Incantations”. Outra obra dele, “Ghost Call” (“O chamado do espectro”), é uma coleção de poemas da tribo dos algonquinos vertidos para o inglês. A resenha deste livro, assinada por James Schevill na revista The American Poetry Review, tem como frase inicial: “A união da antropologia e da arqueologia com a poesia é uma das direções significativas da poesia atual”. SCHEVILL, JAMES. “On David Cloutier’s Ghost Call.” The American Poetry Review, vol. 6, no. 2, 1977, p. 28-29. Disponível em http://www.jstor.org/stable/27775549; consultado em 2-mai-22.
Dom Juan: Harner cita várias vezes “Dom Juan”. Uma breve introdução ao tema é encontrada no artigo “É possível ver com a ajuda de Dom Juan e Carlos Castaneda”: “Dom Juan Matus, pseudônimo do índio yaqui mexicano que guiou Castañeda, (...) era adepto da linhagem conhecida como nagualismo ou toltequismo, tradição xamânica de centenas de anos do México e América Central. (...) Leitores suspeitam que Dom Juan sequer existiu”. Margaret, esposa de Carlos, afirma que nunca conheceu Dom Juan. Disponível em: https://www.zonacurva.com.br/e-possivel-ver-com-a-ajuda-de-dom-juan-e-carlos-castaneda; consultado em 15-mai-22.
Encolhimento de cabeças (prática dos índios jivaros): Em inglês, “head-shrinking”. Uma abordagem científica dessa prática é encontrada no artigo publicado em 2004 na revista Neurosurgery: “A ciência do encolhimento de cabeças humanas: guerra e vingança tribais entre os shuar-jivaros da América do Sul”, de Jandial, Rahul et al. Boa matéria jornalística sobre o tema é “A abominável prática de encolher cabeças humanas”, disponível em https://www.zmescience.com/science/head-shrinking-tsantsa-05244.
Espírito auxiliar: Em inglês, “helping spirit”. Às vezes, Harner usa esse termo com igual função no texto que “spirit helper” (ajudante espiritual). A diferença é que em “helping spirit” a ênfase é no substantivo “espírito”. Para marcar isso, traduzimos como “espíritos auxiliares”. A diferença semântica é sutil, mas existe. Harner utiliza meia dúzia de vezes “helping spirit” e mais de 40 vezes “spirit helper”. Sinonímia: ver Ajudante espiritual.
Flathead: Tribo indígena cujos nenéns tinham o formato do crânio modificado por meio de um artefato em que eram colocados na tenra infância. Disponível em https://www.warpaths2peacepipes.com/indian-tribes/flatheads.htm; consultado em 30-abr-22.
Fontanela: A fontanela citada por Harner, pela descrição, situa-se entre o temporal e o occipital. Tudo indica que o autor se refere à fontanela mastoidea, a popular “moleira” no Brasil. Esta página mostra uma figura com a posição das fontanelas: https://thescrubnurse.com/fact-29-closure-of-fontanelles-when-does-that-occur/
Fundação para Estudos Xamânicos: Em inglês, Foundation for Shamanic Studies; também atua na Europa, com site em português de Portugal. A página http://estudo.xamanico.org/FSS/historia.php conta um pouco da história da Fundação.
Guayusa: Do mesmo gênero que a erva-mate (Ilex paraguariensis), a guayusa tem como nome científico Ilex guayusa. Segundo a fonte citada a seguir, “xamãs do povo indígena Shuar nas regiões amazônicas do Peru e do Equador incluem a guayusa em formulações ervais alucinógenas, mas ela atua como estimulante em vez de alucinógeno”. Disponível em https://www.herbalgram.org/resources/herbalgram/issues/124/table-of-contents/hg124-herbprofile-guayusa/; consultado em 5-mai-22.
Homo (origem do gênero): Nos primeiros quatro milhões de anos de evolução, os registros de fósseis hominíneos são caracterizados por redução dos caninos e metamorfose pós-craniana nos gêneros Australopithecus e outros. Com o fim do Plioceno, o clima global mudou e, há 2,5 milhões de anos, houve uma mudança concomitante nos registros fósseis. Nesse mundo cada vez mais frio, algo novo emergiu, anatômica e comportamentalmente: o gênero Homo. Dunsworth, H.M. Origin of the Genus Homo. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s12052-010-0247-8; consultado em 15-mai-22.
Homo habilis: Segundo Dunsworth, em seu artigo Origin of the Genus Homo (“Origem do gênero Homo”), o primeiro representante do gênero, Homo habilis, viveu de 2,3 a 1,4 milhões de anos atrás. Disponível em: https://evolution-outreach.biomedcentral.com/track/pdf/10.1007/s12052-010-0247-8.pdf; consultado em 15-mai-22.
Huichol: Povo indígena de origem mexicana. Vide https://terramistica.com.br/os-huichol-do-mexico/
Jivaros: Em espanhol, “jívaros”. Há ocorrências em língua portuguesa de “jíbaros”. Esta edição adota para essa tribo indígena equatoriana a grafia paroxítona recomendada pelo VOLP, no site da Academia Brasileira de Letras (https://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-vocabulario).
Jogo dos índios flathead: O texto do Apêndice B é uma transcrição exata do texto de Alan P. Merriam, “The Hand Game of the Flathead Indians”, disponível em https://doi.org/10.2307/536909 ou https://www.jstor.org/stable/536909; consultado em 12-mai-22.
Junkers: Em 2022 foi anunciada a fabricação de um modelo novo desse clássico aeroplano trimotor. Disponível em https://aeromagazine.uol.com.br/artigo/aviao-alemao-renasce-apos-92-anos-e-surge-o-junker-ju-52-ng.html; consultado em 25-mai-22.
Laços de fumo: Um artigo do site Gaia, publicado em 2018, explica e mostra como os lakotas continuam a tradição dos “laços de fumo”, uma forma de oferenda para honrar a Terra: https://www.gaia.com/article/honoring-the-earth-the-lakota-way-with-tobacco-ties
Macabeus: O artigo “A Puríssima de Macas”, no site da ABIM, Agência Boa Imprensa, traz um breve histórico da cidade de Macas e a catequização do povo local: “Os ‘macabeus’ (com esta reminiscência bíblica são conhecidos os habitantes de Macas) fizeram então o juramento de celebrar, (...), no dia 5 de agosto, a festa da Virgem Puríssima”. Disponível em https://www.abim.inf.br/a-purissima-de-macas/; consultado em 1-mai-22.
Macas: Nesta obra de Michael Harner, Macas sempre é o nome de um povoado. Na “História de Quito” de Velasco, “macas” também é a denominação do povo indígena equatoriano.
Maikua: Planta que no Brasil tem o nome comum de trombeteiro. Em inglês o nome comum é Angel’s trumpet (trompete-dos-anjos). Outros nomes comuns no Brasil são cálice-de-vênus, trombeta e zabumba-branca. O nome científico é Brugmansia arborea, com sinonímia: Datura arborea. Compare diferenças entre gêneros Brugmansia e Datura na página https://craven.ces.ncsu.edu/2018/08/datura-vs-brugmansia/ e consulte informações adicionais em: https://doctorlib.info/herbal/encyclopedia-psychoactive-plants-ethnopharmacology/24.html.
Massacre de Sevilla del Oro: Episódio contado na “História de Quito”, escrita em espanhol por Velasco, vertido ao inglês por W. Bollaert, da Ethnological Society of London, em 1863, com o título “Conspiração dos Jivaros”. Cito um trecho aqui: “Quando avistaram os jivaros marchando contra Sevilla del Oro, os espanhóis saíram para enfrentá-los. Conflitos e massacres terríveis aconteceram de ambos os lados”. Fonte: Transactions of the Ethnological Society of London, vol. II, 1863.
Membrana: No site da Tora Tambores há indicações terminológicas e informações extras. O termo técnico para “pele” é, na verdade, “membrana”, termo adotado em nossa tradução. Acrescenta que a humanidade produziu alternativas sintéticas como as peles de mylar, mas reconhece a superioridade acústica das peles animais.
Mídias com música xamânica: Na época da terceira edição, não havia plataformas de streaming como Spotify e outras. Hoje o acesso a faixas de percussão xamânica tem outras opções rápidas e modernas.
Mircea Eliade: Bucareste, 1907-1986, Chicago. Eliade se naturalizou estadunidense em 1970.
Murngin: Povo australiano também chamado de yolngu.
Nair Lacerda: Em sua primeira edição, a obra repercutiu no Brasil com tradução de Nair Lacerda, publicada em 1982 pela editora Cultrix. Cabe aos tradutores de hoje reverenciar o trabalho de quem abriu a trilha. Esta nova edição da Goya traz uma tradução totalmente nova, realizada em 2022, que traz como diferencial o prefácio atualizado e este glossário referencial, itens que enriquecem e modernizam o olhar sobre o texto.
Nganassanes: Também chamados de tavgi samoiedas, os nganassanes, povo do Norte da Sibéria, foram estudados pelo etnólogo russo Andrei Popov, que registrou escritos dos xamãs nganassanes, os “nguedas”. Popov faleceu em 1960 e teve sua obra traduzida para o inglês em 1966: The Nganasan: the material culture of the Tavgi Samoyeds (trad. Elaine K. Ristinen), Indiana University, Bloomington (Ind.); Mouton, The Hague, 1966, 168 p.
O homem do Norte: Filme lançado em maio de 2022 (sincronicidade = coincidência significativa). A percussão xamânica permeia a trilha sonora do filme em que Amleth, o príncipe nórdico, tem várias experiências xamânicas. O diretor Robert Eggers fala sobre xamanismo nesta entrevista à revista Slate: https://slate.com/culture/2022/04/northman-movie-accuracy-history-robert-eggers-viking-hallucinogens.html. Por sua vez, o acadêmico Len Gutkin escreveu: “Os melhores trechos do filme envolvem os encontros dos seus heróis com duas figuras xamânicas (um deles homem e outro mulher, interpretados por Willem Dafoe e Björk) e com as transformações mágicas ou sobrenaturais que os xamãs estabelecem”. Resenha disponível em https://www.chronicle.com/newsletter/the-review/2022-05-02; consultada em 26-mai-22.
Paipai: O povo paipai mora no Norte da Baixa Califórnia, no México.
Pastaza (Rio): De acordo com uma reportagem do site (o) eco, especializado em jornalismo ambiental, a água do alto Rio Pastaza, que cruza a cidade de Baños, é “sagrada”: https://oeco.org.br/reportagens/26365-a-agua-e-seu-percurso-ate-o-rio-pastaza/; o rio também é usado para esportes radicais como rafting (vide reportagem https://www.abraceomundo.com/banos-o-que-fazer-na-cidade-da-aventura-no-equador/), consultadas em 25-mai-22.
Piri-piri: Planta da família das ciperáceas, Cyperus articulatus. Segundo o site https://rain-tree.com/piri-piri.htm, as tribos indígenas da região amazônica atribuem propriedades mágicas ao piri-piri.
Poção de fumo (água de fumo verde): Michael Ripinsky-Naxon em sua obra The Nature of Shamanism: Substance and Function of a Religious Metaphor descreve “green tobaco water” assim: “a cold decoction of green tobacco leaves”, decocção fria de folhas de fumo verdes.
Porongo (cabaça): Utilizada para fazer chocalhos. No Brasil, existem muitas variedades de porongo. Na página https://sitioearte.wordpress.com/cabaca-cultivo-a-arte/ encontram-se informações sobre o cultivo da espécie. Trabalhos técnicos sobre o assunto são “Morfologia e fenologia do porongo: produtividade e qualidade da cuia”:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-23082013-160458/publico/Wolmar_Trevisol_versao_revisada.pdf; “Caracterização de frutos de populações e seleções de porongo (Lagenaria siceraria)”: https://publicacoes.epagri.sc.gov.br/RAC/article/view/917/819; e Cobertura de solo e produção de porongo sob diferentes configurações de cultivo: https://www.scielo.br/j/cr/a/VzhVYHHHbNHLf7XV8GzYs3f
Rombo: Em inglês, bullroarer. Zumbidor, da classe dos aerofones livres, designada pelo índice 41 no sistema Hornbostel-Sachs de classificação de instrumentos musicais. Antigo instrumento ritual e de comunicação no Paleolítico, é encontrado nos cinco continentes com formas diferentes e ainda usado por aborígenes australianos. Disponível em: https://www.meloteca.com/bullroarer/#.; consultado em 15-mai-22.
Sincronicidade: Teoria de que eventos que aparentam ser coincidências estão conectados por meio de seu significado. Carl Jung criou o termo como um método para explicar eventos paranormais.
Sincronicity: Título do álbum da banda The Police, de 1983, considerado um dos 200 álbuns definitivos do Rock and Roll of Fame. https://www.songfacts.com/facts/the-police/synchronicity-ii; Sting explica o título: “Eu estava tentando dramatizar a teoria de Jung sobre coincidências significativas, mas, seja como for, é uma canção de rock!”
Sucking Doctor: Em tradução livre, “Doutora em sucção”. Documentário de 1963 de 51 minutos, dirigido por William Heick e Gordon Mueller. Apresenta a cerimônia de cura entre os índios kashia pomo, do Sudoeste dos EUA. Em transe hipnótico, a xamã localiza e remove a intrusão do paciente. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=W1y_ArCaZTw. A propósito, existem alguns filmes brasileiros sobre a temática do xamanismo, entre eles: A visão do xamã (2009), Xamã, o iluminado (2019) e A iniciação do xamã (2022).
Tambor vegano: O material não é o couro animal e sim o mylar, fina película de poliéster. Vide https://gayana.com.br/produto/tambor-xamanico-lakota-vegano-danca-circular-35x07cm
Tambor tao: Esses tambores do Novo México são estudados até hoje. O site http://www.sweetmedicinedrums.com/ mostra modelos fabricados pela artesã Lynn, sediada em Taos, cidade que outrora pertenceu ao território do povo tao. O povo tao hoje tem as comunidades de habitação contínua mais antigas dos EUA e explora muito o turismo, vide https://taospueblo.com/.
Tanka/thangka: Gênero de pintura budista tibetano similar à paubha nepalesa. Penduradas verticalmente, as imagens coloridas e belas são pintadas sobre tecidos revelam uma complexidade irresistível de nuvens etéreas e auréolas graciosas. Disponível em: https://beinecke.library.yale.edu/article/tibetan-tankas; consultado em 26-mai-22. Um trabalho sobre o tópico, “Thangka: a pintura sagrada tibetana”, de 2016, escrito por Vinicius de Assis, está disponível em http://hdl.handle.net/11449/141973. A brasileira Tiffani Gyatso é especializada nessa arte (https://www.tiffanigyatso.com/fotos-thangkas).
Tapirapés: Existe um livro de 511 páginas sobre o povo tapirapé: “Tapirapé: tribo tupi no Brasil Central”, de Herbert Baldus. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1970. 511 p., il. Neste site é possível encontrar uma resenha bibliográfica sobre a obra, assinada por Marina Saenz Lime: https://doi.org/10.1590/S0034-75901971000200018
The Way of the Shaman (filme): Filme de 2017, dá uma visão abrangente sobre o trabalho de Michael e Sandra Harner. The Way of the Shaman: The Work of Michael and Sandra Harner. Disponível no site da fundação: https://www.shamanism.org/way-of-the-shaman/documentary.php.
Tsentsaks: Os tsentsaks são dardos mágicos ou projéteis patogênicos invisíveis. Na língua shuar, o termo designa dardos de zarabatana. Em espanhol, o termo é “virote”. Vide La Cultura Material Shuar em La Historia: Estudio de las Fuentes del Siglo XVI al XIX. Mundo Shuar, 1985. Disponível em https://biblio.flacsoandes.edu.ec/libros/digital/52461.pdf; consultado em mai-22.
Ucayali (Ucaiáli), Rio: Esse rio, o mais importante do Peru, é na verdade o curso principal daquele que vai se tornar o Rio Amazonas. Colin Campbell, em seu trabalho clássico na área do estudo dos mamíferos intitulado “Mamíferos do Rio Ucayali”, registrou 65 espécies de mamíferos, sendo 28 de morcegos. Disponível em https://academic.oup.com/jmammal/article-abstract/30/3/277/880632, consultado em 25-mai-22. Por sua vez, um trabalho de 2007 mostra a importância do rio para a economia peruana, destacando a agricultura praticada nas várzeas do Ucayali: Labarta, Ricardo et al. A agricultura ribeirinha Amazônica do rio Ucayali: uma zona produtiva mas pouco rentável?. Acta Amaz. [online]. 2007, vol.37, n.2, pp.177-186. ISSN 0044-5967. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0044-59672007000200002, consultado em mai-22.
Upano (Rio): Nas palavras da repórter Gabriela Arévalo, “O Rio Upano ostenta sua presença, serpenteando desde os Andes até a Amazônia”; o artigo menciona os petróglifos desta pitoresca região do Equador. Disponível em https://oeco.org.br/reportagens/26493-o-rio-upano-desde-os-andes-ate-a-amazonia-sp-1150524333/; consultado em 25-mai-22.
Warao (povo): Povo que mora há 8 mil anos no delta do rio Orinoco. A nota https://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/Nota%20Informativa.pdf explica a situação atual desse povo; alguns grupos se refugiam no Brasil.
Xamã: Em inglês, shaman. Em português a palavra é obviamente oxítona, já em inglês, a sílaba tônica é a primeira: SHAH-maan.
Yugambeh versus chepara (tribos aborígenes australianas): Conforme a página https://artsandculture.google.com/entity/yugambeh-people/g11clh0ntpt, o nome desse povo é Yugambeh: “Historicamente, alguns antropólogos os chamam erroneamente de cheparas, o termo para um iniciado de primeiro grau”. O território desse povo nativo australiano fica entre o Sudeste de Queensland e os rios do Norte de New South Wales. Mais informações no site oficial da tribo https://www.yugambeh.com/.
Yuman (quechan): Povo originário do Norte do México e Sudoeste dos EUA. Mais informações em https://pueblosoriginarios.com/norte/suroeste/quechan/quechan.html.